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domingo, 27 de junho de 2010

POR QUE OS CASAMENTOS NÃO DÃO CERTO?

Por que os casamentos não dão certo?

Conheça os aspectos importantes que levam muitas vezes ao final de um relacionamento.

Todos nós, homens e mulheres, em algum momento de nossas vidas, vivemos o sonho do encontro derradeiro com um parceiro. Com características e perfis diversos, almejamos encontrar aquela pessoa ideal, nossa "alma gêmea".
A valorização de características que, a priori, imaginamos que nos fará "felizes para sempre", mudam de acordo com mudanças culturais, históricas e demandas pessoais.

Embora a busca seja clara - encontrar um grande amor - muitas vezes quando este encontro finalmente se dá, visualizamos ao longo de histórias conjugais sua deteriorização, ocorrendo por vezes angustia e sofrimento que se prolonga por anos na tentativa de reconstruir o sonho encantado.
Não pretendo aqui demonstrar que o casamento é uma instituição falida nem tão pouco discutir sobre o amor, mas sim levantar aspectos importantes que leam muitas vezes ao final de um relacionamento.

Expectativas: esta é uma das grandes vilãs das relações

Mulheres idealizam e esperam de seus parceiros verdadeiros "príncipes encantados". Homens, por outro lado, esperam de suas parceiras grandes amantes, cúmplices e super mães. Essas idealizações trazem como conseqüência decepções e o desejo de que o outro se modifique para que este caiba em seus sonhos.
Não é difícil imaginar qual será o desenrolar dessa história: cobranças, brigas e desentendimentos que vão se acumulando, até o momento em que o relacionamento está tão desgastado que, algumas vezes, torna-se difícil refazer o mosaico que se desfez.

Mitos sobre o amor: nosso segundo vilão

A idealização do amor como algo infinito, constante, responsável pelo fim de nossos sofrimentos, faz com que as adversidades e crises comuns no casamento, como em qualquer relação, possa nos promover marcas de sofrimento, sendo muitas vezes desencadeadas por crenças disfuncionais, irrealistas, rígidas sobre o que é amor.

Esperamos que o amor fosse uma fusão

Fusão de duas pessoas que precisam se completar totalmente e tornar-se uma só. O amor não pode ser fusão simplesmente por ela não existir. Existe a solidão mesmo na presença do outro. Existe a infelicidade mesmo quando estamos vivendo momentos felizes. Existe a incompletude real e tácita. Se esperamos que o amor nos leve a essa completude acabamos gerando sofrimento e possessividade. Platão descreve no Banquete o mal do amor: o amor ciumento, ávido, possessivo, longe de regogizar com a felicidade daquele que ama sofre atrozmente com ela, mal essa felicidade se afasta dele ou ameaça a sua. Os amantes amam os amados "como o lobo ama seu cordeiro". Esta forma de amor é contrário do amor generoso que ao contrário de buscar suprimento oferece alimento.

Podemos também discutir sobre as crenças a respeito do casamento e relacionamento amoroso como um obstáculo valioso que interfere para uma vida a dois saudáveis: "devemos ser totalmente companheiros um do outro"; "se nos amamos, devemos contar absolutamente tudo para o parceiro"; "aquele que ama deve apoiar inteiramente o outro, em qualquer circunstâncias"; "se existe amor verdadeiro, o desejo sexual não deve diminuir ou acabar"; "o matrimônio deve ser para vida toda"; "devemos ter os mesmos gostos e interesses"; entre outras. Estas entre outra crenças nos levam a interpretar erroneamente situações e comportamento de nossos parceiros, gerando emoções de menos-valia, abandono, raiva, desesperança, tristeza etc.

É comum encontra em nossos consultórios homens e mulheres cercados de idéias e expectativas que jamais serão cumpridas por seu (ua) parceiro (a), pois são idéias e expectativas pessoas de "como devo ser feliz".
Porque posso afirmar que jamais serão cumpridas! Pelo simples fato de que são demandas pessoais muitas vezes internalizadas desde a nossa infância, não possui uma correspondência direta com a realidade vivida. Pensamentos instalados sobre ser homem ou ser mulher, nos geram expectativas e conflitos na convivência com o outro. Podemos vasculhar e indicar alguns possíveis pensamentos que criamos e aprendemos durante nossa vida: "mulher que não tem filho não é mulher"; "é papel da mulher conservar o casamento"; "a mulher deve se cuidar deve ser vaidosa"; "o homem deve ser o provedor"; "dinheiro é poder é falo"; "o homem deve ser gentil e protetor".

Imagine a seguinte cena: Casados há seis meses, a mulher e homem com prifissões distintas. Certo dia o marido chega à casa cabisbaixo,, calado e vai direto para o banho. A esposa preparou um jantar especial para agradar seu novo marido. Sorrateiramente, aproxima-se da suite do casal e diz: "querido aconteceu alguma coisa". Ele responde: "não, estou apenas cansado". Ela por sua vez pensa: 'estar cansado é mais importante que eu, que o jantar que fiz. Eu também trabalhei, estou cansada e mesmo assim preparei o jantar. É isso que ele chama de amor! Deve ter acontecido algo não quero nem pensar o que, mas ele deveria dividir seus problemas comigo, afinal sou sua esposa, quem ele deveria confiar, a única pessoa que realmente pode ajudá-lo'.

O marido sai do banho, veste seu pijama e caminha à sala de jantar: "Você não vai me dar nem um beijo" - ele diz. Ela: "Quem deveria dizer isso sou eu. Cheguei a casa correndo, cansada, preparei a comida que você mais gosta e para você parece que nem existe alguém em casa. Entra pela porta e diz que está cansado! Dizer oi, pra que? tem a tonta aqui que está a sua disposição! Se em seis meses de casamento já está assim daqui a pouco você dorme fora de casa e vai achar tudo normal" - diz a esposa enraivecida. O marido retruca: "Você está louca, tive um dia horrível no trabalho, peguei um trânsito infernal! O tempo todo pensando em chegar em casa para ficar ao teu lado, te fazer um carinho e você vem cheia de acusações tudo por causa de um 'magnifico jantar'! Isso é ridículo. Quer saber não posso mesmo contar com você, o melhor que faço é resolver minhas coisas sozinho. Fique com o seu magnífico jantar que eu vou ficar sozinho com meus problemas. Assim está bom para você!?"

Vamos analisar este diálogo fictício (mas bastante real). A esposa esperava uma atitude de agradecimento, carinho e valorização de seu marido. Ele esperava compreensão, tolerância e também carinho de sua esposa. O que ocorreu para que a noite terminasse: simplesmente expectativas não atendidas e crenças individuais interferindo e modulando a forma de interpretação do comportamento do outro.

Estórias? desilusões. O que faltou neste pequeno episódio caseiro para que não se tornasse aversivo e destrutivo para os dois amantes: comunicação. Princípio básico: só há comunicação quando comunicador e receptor "podem" ouvir. O "poder" ouvir nos coloca novamente defronte a nossas crenças pessoais.

Como conseguir ouvir se já possuímos crenças, idéias pré-concebidas sobre o amor, felicidade, casamento, etc.

Simplesmente impossível! Ouvimos primeiro nossas crenças e regras e assim, a fala do outro, não é mais dele, e sim a interpretação que faço da fala que se esvai.
É prioritário que possamos nos desnudar de nossas ilusões, crenças, desejos puramente pessoais para podermos viver amando e não desamando. Queremos e amamos o que não temos. O amor não é nada senão essa falta. Segundo Sócrates: "o que não temos o que não somos o que nos falta eis os objetos do desejo e do amor".

Então como resolver esta concreta equação entre amor e casamento! Talvez só exista um caminho seguro. Seguro não versando por segurança, mas pela esperança de uma solução. Abortar a dilacerante idéia de amor, o amor com que sonhamos o amor saciado e saciante o velho amor água-com-açúcar. Devemos focar no amor real, como ele é em seu sofrimento fecundo e fecunda dor, com a estranha mescla entre dor e alegria. O amor insaciável (pois não existe saci ação, fusão) muitas vezes solitário, mas sempre crescendo, inquieto com o que ama, e calado em suas crenças pessoais.

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