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domingo, 28 de agosto de 2011

Tanta coisa, tão pouco tempo






Mais um ano, mais um mês, um dia, uma hora, um minuto, um segundo. Tempo perdido, aproveitado, esquecido ou recordado, isso não importa, passou e não vai voltar.

Estava a refletir acerca desta questão do tempo quando sem querer fiz uma analogia do amor, uma vida, numa semana, eis as minhas conclusões:No primeiro dia tudo é perfeito, os olhos abrem ligeiramente e contemplam a luz pela primeira vez, tudo à volta provoca espanto, é um mundo novo, é a alegria de estar vivo. No segundo dia as coisas evoluem, nem tudo é prefeito, mas pelo menos é próximo disso, continua a sorrir, a ter um motivo para tal, os olhos, apesar de mais abertos agora, continuam semi-cerrados com medo que a luz os segue e aquela imagem sobrenatural desapareça, o corpo começa a mexer, devagar, com medo de ser demasiado frágil que qualquer movimento brusco possa partir. É no meio desta alegria que o terceiro dia surge, uma chapada que acorda o corpo dormente e lhe abre os olhos, que mostra as imperfeições do mundo. Quando vemos o cenário que esse corpo, agora desperto atravessa, chegamos à conclusão que de alguma forma se relaciona connosco, que é o nosso amor, a nossa relação que terminou, ficamos algo desiludidos, pensamos que é "na boa", que estamos melhor assim, que assim é mais fácil, dizemos um falso adeus e ordenamos ao nosso corpo que se desprenda do que aconteceu. Mas é nessa altura que o quarto dia chega, quando o nosso corpo não obedece, quando dizemos que não é possível tanta coisa ter mudado em tão pouco tempo, quando na realidade já não temos a certeza de como é que estávamos melhor, quando tentamos que tudo volte a ser como antes e só obtemos um falhanço, quando percebemos que as coisas fugiram do nosso controle e que agora estão incontroláveis, e mais uma vez juramos que esta foi a última vez que tentamos. É neste misto de sentimentos como a repulsa, o amor, a rejeição, o ódio e a raiva que o quinto dia chega, quando queríamos que a semana já tivesse acabado, quando o corpo se balança ao sabor do vento sem um destino predefinido, quando não queremos sentir ciúmes mas continuamos a senti-los, quando queríamos odiar a outra pessoa mas continuamos a amá-la, quando adormecemos e acordamos a pensar nela, quando queremos que ela saia da nossa vida e ela não sai, dizemos que acabou de vez, mas na realidade mantemos as esperanças. Oh aguardado sexto dia, és tu que vais preparar o corpo velho e usado para a morte, és tu que vais iniciar a conclusão da história, porque é no sexto dia que finalmente tomamos uma atitude, que dizemos acabou e que temos mesmo intenção de o fazer, e a partir daí seguimos em frente, as coisas continuam a ter importância mas ignoramos, ignoramos tudo o que aconteceu e tudo o que está a acontecer, os olhos continuam a cruzar-se e os corpos a tocar-se, mas já não têm a mesma intensidade, o sentimento diminui, e diminui, e diminui, tudo o que intensificava o sentimento deixa de fazer sentido, começa a desaparecer. E finalmente a conclusão da semana, o sétimo dia, quando podemos finalmente descansar em paz. Dizemos palavras de agradecimento à pessoa com quem começamos a semana e a todas as outras que nos ajudaram a continuá-la quando a outra nos abandonou, olhamos para os objetos referentes aos primeiros dois dias, já não significam nada, vemos as fotografias, lemos os textos românticos e tudo o que sai é um sorriso, não há saudade, não há mágoa, apenas paz, a tão aguardada paz. Aquele corpo finalmente morreu, foi enterrado para nunca mais ressuscitar. Aceitamos as recordações do passado e caminhamos rumo a uma nova semana, é um ciclo vicioso porque tudo tem um princípio, mas também um fim. Parece que me enganei, parece que afinal o meu tempo nunca parou, mesmo que lentamente ele esteve sempre a correr, agora consigo perceber isso.



Olho pela janela e vejo os primeiros raios de Sol da madrugada, é o início do sexto dia ...

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